domingo, 3 de agosto de 2014

Como cuidar bem de nosso cérebro?

Imagem: Victor Habbick
Procurando pela internet, encontramos mil e uma dicas de como cuidar bem de nosso corpo, desde alimentação até exercício físico. Mas, e quanto ao cérebro, especificamente? O cérebro, ou centro de comando do nosso corpo físico, necessita de ajuda para que permaneça saudável e pronto para nos ajudar a viver melhor.

Abaixo, seguem algumas dicas para que isso se torne possível, lembrando que elas estão interligadas entre si:

Movimente o corpo 


Práticas físicas beneficiam todo o organismo e, como não poderia deixar de ser, também o cérebro, que não é uma peça isolada do resto do corpo humano e que possa ser tratada como se nada mais existisse. 

Vale lembrar também que o corpo, constituído por grande quantidade de líquido, não foi criado para ficar fisicamente inativo e mantê-lo nessa condição corresponde a tratá-lo como “um pote com água parada”, algo que parece um tanto suspeito, sob o prisma de “ser saudável”, certo?

Como exercitar-se ajuda o cérebro? Em primeiro lugar, há uma oxigenação neuronal, o que é sempre positivo. Além disso, exercitar-se, mesmo quando não se transpira, é uma oportunidade para o corpo eliminar toxinas. Com o corpo mais limpo, os neurônios, obviamente, funcionam melhor.

Há um leque de exercícios físicos que podem ser feitos, a baixo custo ou mesmo sem custo, a não ser o imprescindível investimento de tempo, tais como os alongamentos e exercícios respiratórios (em casa), além das caminhadas e subidas de escadas (perto de casa e/ou no trabalho). Outros exercícios podem ser acrescentados à lista, conforme a condição e o desejo de cada pessoa: nadar, caminhar em piscina, andar de bicicleta, jogar peteca, vôlei e por aí vai. Então, não é fundamental aquela formalidade de ir à academia "treinar".

Limpe a mente

No dia a dia, estamos envolvidos em várias frentes de atividades – família, trabalho, lazer e várias outras – e submetidos, nessas lides, a um grande volume de informações egressas de diversos canais como TV, internet, emails, revistas, jornais e outros. E é muito assunto!

Ademais, podemos ficar expostos a muito negativismo, por meio de qualquer um dos canais supracitados (ou de vários!) e é importante atentar para que isso não nos perturbe. Uma coisa é informação que sugere prudência, outra coisa é o negativismo que paralisa iniciativas que podem fazer grande e boa diferença na vida.

Imagem: Victor Habbick
Outro ponto: nem todas as pessoas do nosso convívio são positivas. Se por um lado podemos e devemos combater o negativismo e ajudar pessoas a buscarem uma mais elevada auto-estima e a se sentirem melhores, por outro lado, todo o cuidado é pouco para evitar “contaminação negativa”.

Assim sendo, é importante limpar nossos cérebros de toda a informação e negativismo espúrios e existem várias formas. Como exemplos, mencionam-se não ler, ouvir ou dar atenção a informações e pessoas que possam poluir a mente, bem como, no sentido oposto, buscar o que for bom e relevante para manter a cuca "bem alimentada". E vão aqui recomendações importantes: a oração, dentro da crença de cada um, bem como o perdão, que podem operar maravilhas na limpeza cerebral e da vida, de maneira abrangente.

Trabalhe a concentração 

Concentrar-se em um determinado assunto significa focalizá-lo em um dado momento e isso pode ser substancialmente importante em muitas atividades. Nas atividades familiares e profissionais, especificamente, a concentração é fundamental.

No convívio familiar, prestar atenção tanto no todo quanto nos detalhes pode fazer grande diferença. A maioria de nós conhece pessoas que, ao conviverem com seus filhos, não estão, de fato, neles concentradas. E a má concentração nos assuntos familiares pode, mais adiante, causar “surpresas”, como más notas, problemas de saúde e comportamentos indesejáveis, entre outras.

Em todas as profissões, concentrar-se é, também, crucial. Cientistas, administradores, médicos, professores, esportistas, enfim, absolutamente todos os profissionais precisam concentrar-se em suas atividades do dia a dia, sob pena de não prestarem um bom serviço, ou mesmo de comprometerem seriamente seus resultados e por vezes, a própria vida.

Como exercício para a concentração, pode-se, por exemplo, concentrar-se na própria respiração por cinco minutos, evitando que pensamentos interrompam essa concentração. É claro que esses pensamentos vão aparecer, mas, assim que eles surgirem, pode-se dar uma orientação ao cérebro para que ele volte a se concentrar na respiração. Uma ordem amorosa; porém, firme. Outra dica: concentrar-se em algum objeto dentro de um dado ambiente e observá-lo por um tempo específico, anotando, mentalmente, seus detalhes.

Treine a memória 

Em filmes feitos nos EUA e na Inglaterra, às vezes acontece de o mocinho pedir um telefone a alguém. Em seguida a pessoa responde, dando o número, e o mocinho responde:

— Ok, vou ligar pra você!

E nós, brasileiros, pensamos:

— Ah, só em filme mesmo para o cara memorizar assim um telefone!

Mas é exatamente isso que muitos deles fazem na vida real! Muitos europeus e estadunidenses só precisam que você fale seu número uma vez para que eles memorizem. Qual é o truque deles?

Uma boa memória pode ser alcançada por meio de treino. Reter informações importantes pelo cérebro pode também ser muito importante e ajudar em muitas situações da vida cotidiana ou mesmo extraordinárias.

Vários exercícios para ajudar a treinar a memória, tais como: dedicar alguns minutos a observar um cômodo da casa (praticando concentração) e, após, relacionar, em outro cômodo, por escrito ou verbalmente, os objetos vistos ali. Outra dica: memorizar números de telefone, aniversário e endereços de amigos, repetindo-os mentalmente algumas vezes.

Exercite o raciocínio 

Raciocinar, ou seja, pensar de forma lógica, é importante para tonificar o cérebro. E o raciocínio pode ser bastante usado ao longo de um dia.

O cérebro pode ser usado por meio de inúmeras atividades, tais como:

- brincar com jogos simples de computador, como o esquecido "Campo Minado", do Windows;

- instalar um software de desenho artístico, como o MyPaint, e criar obras de arte, o que além de trabalhar o raciocínio lógico, estimulará a criatividade;

- escrever histórias, desde pequenas e mais simples até aquelas mais complexas. Por que não escrever um livro? Não vale dizer: "quem sou eu para escrever um livro?". Você ficará espantado mas, acredite, os autores de livros são todos... seres humanos iguaizinhos a você!

- fazer perguntas e buscar respondê-las, preferencialmente, por escrito, em um caderno ou por meio de um editor de texto; pesquisas em livros, na internet e a troca de ideias com outras pessoas podem enriquecer bastante o esforço.

E que tal ler um livro de Agatha Christie e ficar tentando deduzir quem é o culpado? Pode ser um exercício divertido!

Estimule a criatividade

Toda pessoa é dotada de criatividade, da capacidade de criar novidades. O importante é descobrir de que forma sua criatividade própria melhor opera. Já demos o exemplo anterior do MyPaint. Mas há muitas outras formas.

Uma das formas mais divertidas de estimular a criatividade é brincar de fazer arte com objetos do cotidiano. O que se pode fazer, por exemplo, com uma torneira? Veja só o que o artista Michel Legrand criou:

Conheça mais da
surpreendente e divertida Arte de Michel Legrand

Não é legal? Como você mesmo criaria um par de torneiras original?

Descanse o cérebro 

O cérebro também precisa descansar, o que vale para o corpo físico de maneira geral. Como fazer isso? 

Uma das formas mais importantes é o sono. Até hoje, os cientistas não sabem exatamente o que é o sono. O senso comum diz que dormimos para descansar. Isso é verdade, mas não é toda a verdade. Tanto assim que a pessoa pode estar de férias, sentada numa cadeira de praia o dia inteiro e, quando chega a noite, vem o sono. Dormir parece ser uma forma de reset cerebral. Portanto, cuidar da qualidade do colchão, do ambiente do quarto de dormir e do número de horas de sono (em geral, no mínimo 7 horas) é muito importante.

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Outra forma de descanso cerebral é o que o sociólogo italiano Domenico De Masi chama de "ócio criativo". Consiste em dispor de algum tempo diário (De Masi recomenda 30 minutos) para fazer o seguinte: nada. Mas tem que ser nada mesmo. Você se senta numa poltrona e:

- não liga a TV;

- não liga o rádio;

- não liga o computador;

- não fica tomando um drink e comendo um salgadinho;

- desliga o celular.

E então você fica olhando para o nada, deixando seu cérebro viajar livre como um cavalo na pradaria. Deixe que o cérebro construa castelos no ar, que é o que o cérebro mais tem prazer em fazer. Foi de um desses castelos no ar que nasceu a série Harry Potter.

O ideal é praticar todas essas dicas de alguma forma. Como começar? Sugerimos não complicar, iniciando por medidas simples, entre aquelas descritas aqui. Elas podem ter grande eficácia.

Postado por Nica Brand e Beto Locatelli

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