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Créditos da imagem: Vichaya Kiatying-Angsulee |
No
mesmo artigo acima citado, observamos que a formação de poupança
exige que se gaste menos do que se arrecada, sendo esta
uma regra pétrea para que qualquer família ou pessoa tenha
condições de se tornar poupadora.
Para
aplicação da regra pétrea acima indicada, devemos elaborar o
orçamento doméstico, uma das ferramentas práticas mais
importantes de planejamento e gestão das finanças familiares e
pessoais, apresentada a seguir.
O
que é um orçamento doméstico?
Sobre o
modelo acima apresentado, no qual se representam, ilustrativamente,
receitas e despesas, observamos:
Créditos da imagem: Ambro
- No mundo empresarial, empresas podem adotar a prática de pojetar e aprovar o orçamento para o ano seguinte até uma certa data limite (exemplo: final do mês de dezembro), acompanhando esse orçamento congelado ao longo do próximo ano. É uma forma de trabalhar, mas não é a única, haja vista que algumas empresas podem ter orçamentos dinâmicos. Consideramos, no caso das famílias, muito importante, ao lado do acompanhamento mensal, o acompanhamento dinâmico e que considere, para os próximos meses, mudanças que não eram conhecidas nos meses passados, mas que agora são.
- Algumas receitas e despesas serão comuns a todas as famílias, enquanto que outras, específicas para aquela família que se considera. Diferentes famílias podem ser diferentes formas de ver e viver a vida e distintas visões de riscos. Podem ser mais conservadoras, mais arrojadas ou se enquadrarem em algum ponto entre esses limites.
- Diferentes famílias terão, ainda, diferentes formas de lidarem com suas finanças domésticas. Diálogo e bom senso é o que recomenda, no sentido de evitar os exageros de todos os tipos e o desnecessário stress.
- O ato de poupar não deve ser de sofrimento. O ideal é que seja inserido na rotina familiar como algo automático, mas cujos resultados sejam satisfatoriamente percebidos pela família com o passar do tempo, aumentando sua tranquilidade.
Retornemos
aos números representados para os meses de janeiro a março na
figura anterior.
No mês
de fevereiro, foram promovidas as seguintes mudanças, identificadas
como possíveis por João e Maria, que combinaram, conscientemente,
melhorar alguns padrões de consumo de produtos e serviços, sem
perda significativa do padrão de qualidade de vida e, inclusive,
evitando-se alguns desperdícios.
Se em
janeiro a renda líquida disponível era de $ 560, em fevereiro, esta
passou a ser de $ 850, em decorrência do aumento de $ 290, abaixo
detalhado:
Quanto maior a renda líquida disponível, planejada por meio do orçamento doméstico, maior o potencial de poupança ao longo do tempo. E quanto maior a poupança efetivamente feita ao longo do tempo, em menos tempo um dado valor de poupança-meta da família será alcançado, conforme demonstramos nas alternativas 1 e 2 a seguir, para a família de João e Maria, que dispõe de até $ 1.150 para poupar:
Conforme
visto, o orçamento doméstico é a ferramenta de controle da renda
líquida disponível,
correspondente às receitas menos as despesas e, portanto, do potencial de poupança, que precisa existir, a fim de que se alcance uma poupança-meta.
MUDANÇAS CONDENSADAS
| REDUÇÕES DE DESPESAS ($) |
Redução da conta de água
| 20 |
Redução da conta de luz
| 30 |
Redução da conta de telefone fixo
| 20 |
Redução da conta de telefone celular
| 50 |
Redução das despesas com faxinas
| 120 |
Redução das despesas extras (limitação ao teto de $ 150)
| 50 |
Renda líquida adicional disponível
| 290 |
No mês
de março, ocorreu uma novidade: um dos cônjuges conseguiu aumentar
seu salário líquido de impostos em R$ 300, o que elevou ainda mais
a renda líquida disponível da família, de $ 850 para $ 1.150.
Esse
singelo exemplo demonstra como é possível melhorar o orçamento
doméstico, tanto pelo lado das despesas quanto das receitas, mas não
é exaustivo, muito mais podendo ser pensado e executado. Ponto de
atenção é a importância da eliminação de desperdícios e do
aproveitamento melhor dos recursos físicos e financeiros
disponíveis, ou seja, do consumo consciente, mas essa questão
merece um post à parte.
Como
o orçamento ajuda a turbinar a poupança?
Quanto maior a renda líquida disponível, planejada por meio do orçamento doméstico, maior o potencial de poupança ao longo do tempo. E quanto maior a poupança efetivamente feita ao longo do tempo, em menos tempo um dado valor de poupança-meta da família será alcançado, conforme demonstramos nas alternativas 1 e 2 a seguir, para a família de João e Maria, que dispõe de até $ 1.150 para poupar:
Na
alternativa 1 anterior, se João e Maria pouparem, hipoteticamente, $
800 por mês, necessitarão, para a taxa de juros de 2,5% ao ano
acima da inflação, de pouco mais de 20 anos para acumularem sua
poupança-meta desejada de R$ 250.000. Por outro lado, na
alternativa 2, se o casal poupar $ 1.100 mensais, levará
aproximadamente 15 anos e pouco acima de um semestre para alcançar
sua meta.
Em
suma, por que o orçamento é importante?
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Créditos da imagem: arztsamui |
correspondente às receitas menos as despesas e, portanto, do potencial de poupança, que precisa existir, a fim de que se alcance uma poupança-meta.
E por que
vale a pena pensar em uma poupança meta? Por diversas razões João
e Maria podem desejar formá-la:
- Aposentadoria.
- Estudo dos filhos.
- Possibilidade de adquirir, futuramente, uma moradia melhor.
- Outra.
Todas
essas razões são boas o suficiente para que o nosso casal
hipotético procure controlar, a cada mês, cuidadosamente, seu
orçamento, visando seu equilíbrio financeiro com formação de
poupança.
Concluimos
este post enfatizando, portanto, para as famílias, a
importância do orçamento doméstico, com diálogo, bom senso e
tranquilidade.
Postado por Nica Brand
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