sábado, 25 de outubro de 2014

Como consumir energia elétrica conscientemente e ajudando as finanças domésticas? Parte II/II

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O exemplo aqui apresentado, conforme prometido na primeira parte deste post, baseia-se no consumo de energia elétrica de uma família real, cujos dados originais foram modificados para fins deste texto, visando favorecer sua compreensão. Tal exemplo tem caráter meramente ilustrativo, sendo ideal cada família acompanhar e gerenciar as informações relativas à sua conta de energia.

EXEMPLO
VERIFICANDO EFEITO DE ECONOMIAS NA CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA


Seja a tabela com a evolução do consumo de energia elétrica de uma família que reside em uma das capitais de Estado da Região Sudeste, no período out/2013 a set/2014:

Sobre a tabela anterior, são pontos de atenção:

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    As medições indicadas para um dado mês se referem a um período que abrange parte do mês anterior e parte do mês em curso. Ilustrando: para o mês de set/2014, a medição se refere ao período de 17/ago a 19/set/2014.
  1. Nos meses anteriores a set/2014, o consumo de energia mensal é de 249 kWh, em média.
  1. Nos meses em questão, o consumo de energia diário é 8,22 kWh, em média.
  1. O consumo do mês de setembro (284 kWh) é 14,1% superior ao consumo médio dos meses anteriores (249 kWh).
  1. Para essa família, os gastos com o consumo de energia elétrica mês de set/2014 alcançam o valor total de R$181,59, conforme cálculo detalhado a seguir:   
Notas:

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    O gasto com a energia elétrica se distribui entre a energia (geração), a transmissão, a distribuição de energia, encargos setoriais e tributos, totalizando R$167,92 em setembro.
  • Ao gasto com a energia, adiciona-se uma contribuição referente ao custeio da iluminação pública (IP) (R$13,67), o que conduz ao valor total de R$181,59. A IP passa a representar 7,5% da conta total de energia.
  • Entre a geração (energia), a transmissão e a distribuição de energia, a distribuição representa o maior peso na conta de energia sem a iluminação pública (36,3%), seguida pela geração (21,9%) e transmissão (3,0%).
  • Tributos e encargos setoriais representam juntos 38,8% na conta de energia de energia sem a iluminação pública.

A tabela abaixo, em R$/MWh (R$/kWh x 1000), permite verificar o preço da energia e sua composição, desdobrada desde a energia (geração) até os tributos:


Nota:

Os preços médios na tabela acima são estimados dividindo-se o gasto com a energia elétrica (tabela anterior, em R$) pelo consumo fixo do mês de set/2014 (284 kWh).

Se no mês de outubro a família em questão consumir menos energia elétrica, de maneira a obter uma redução total de 15% em relação a setembro, sua conta de energia no mês de outubro poderá ser:

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A redução de 15% no consumo de energia elétrica, de 284 para 241 kWh, que pode ser alcançada por meio de medidas relacionadas anteriormente (1ª parte deste post), reduz a conta total de R$181,59 para R$156,40, ou seja, em R$25,19, correspondentes a 13,9% da conta inicialmente mais elevada. No caso da família em questão, esta considera menores desperdícios em banhos e maiores cuidados com a iluminação e aparelhos elétricos.

A redução de consumo citada, de 15%, é possível, em bases permanentes? Muito provavelmente sim, se for considerado que o consumo do mês de setembro (284 kWh) é 14,1% superior ao consumo médio dos meses anteriores (249 kWh), enfatizando dito anterior.

A economia acima indicada pode ser suficiente, a cada mês, para ajudar a pagar outras despesas. Se esse valor for poupado à taxa de 2,50% ao ano, a cada mês, durante cinco anos, ter-se-á, ao final, R$1.606,88 acumulados; se for poupado durante 30 anos, formar-se-á uma poupança de R$13.421,23 à taxa de juros citada (valores sem considerar a reposição da inflação).

Finaliza-se enfatizando que, sem considerar a economia financeira possível de se alcançar por meio do consumo consciente da energia elétrica, as pessoas e famílias que conseguirem praticá-lo ajudarão o Planeta, melhorando as finanças domésticas.

Postado por Nica Brand

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