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Conforme
antecipado na parte I deste post, apresentamos, a seguir, dois
exemplos de consumo doméstico de água, abrangendo, respectivamente,
um vazamento prejudicial à conta de água e esgoto de uma família,
bem como a ilustração prática de como essa família pode
economizar água para melhorar o orçamento e a poupança doméstica.
Seja a
tabela com a evolução do consumo de água de uma família que
reside em uma das capitais de Estado da Região Sudeste, constituída
por quatro pessoas, residentes em uma casa com quatro quartos, no
período out/2013 a set/2014:
Sobre a
tabela anterior, são pontos de atenção:
site de origem da imagem As medições indicadas para um dado mês se referem a um período que abrange parte do mês anterior e parte do mês em curso. Ilustrando: para o mês de set/2014, a medição se refere ao período de 20/ago a 18/set/2014.
- Nos meses anteriores a set/2014, o consumo médio por mês da família é de 33.636 litros, correspondentes a 33,6 caixas d’água de 1.000 litros.
- Nos meses em questão, o consumo médio por dia da família é de 1.109 litros, correspondentes a uma caixa d’água de 1.000 litros e mais um recipiente complementar de 109 litros. Cada uma das quatro pessoas da família demanda, em média, 277 litros de água por dia.
- No mês de set/2014, registra-se um incidente de intenso vazamento de água na residência, com duração de dois dias, evento esse que eleva o consumo do mês para 40.000 litros, valor 18,9% superior à média de consumo dos meses anteriores na tabela em questão (33.636 litros).
- Para essa família, os gastos com o consumo de água e com esgoto no mês de set/2014 alcançam o valor total de R$317,98, conforme cálculo detalhado a seguir:
Notas:
- Em função das faixas de preços da água, quanto maior o volume consumido, mais se paga por água e esgoto.
- Aos valores consumidos, adicionam-se cobranças pelo uso de recursos hídricos, tanto para água (R$0,44) quanto para esgoto (R$0,13).
Se não
houvesse ocorrido o vazamento no mês de set/2014, e se o consumo
nesse mês fosse o correspondente a 33.636 litros, correspondentes à
média dos meses anteriores, ter-se-ia uma conta total de R$260,33,
cuja construção é detalhada a seguir:
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Nessa
lógica, o vazamento elevou, portanto, a conta total de água e
esgoto de R$260,33 para R$317,98, ou seja, em R$57,65,
correspondentes a 18,1% de aumento em relação à condição sem
vazamento.
Deve-se,
ainda, lembrar que houve uma despesa com o conserto do vazamento,
feito em menos de 24 horas após sua descoberta (até lá,
fecharam-se alguns registros). Esse gasto se tornou imprescindível e
a demora em resolver o problema poderia elevar a conta de água muito
mais.
Seja o
segundo exemplo abaixo, o qual demonstra como reduzir o consumo de
água pode ajudar na economia doméstica.
EXEMPLO
2
VERIFICANDO
O EFEITO DA ECONOMIA DE ÁGUA NA CONTA DE ÁGUA E ESGOTO
Suponha-se
que as conta do mês de set/2014 do exemplo 1 tivesse sido baseada no
consumo médio dos meses anteriores (33.636 litros); porém, reduzido
em 1/3, por decisão da família, que considera seu consumo histórico
elevado e acredita ser possível fazer alterações nos padrões
atuais de consumo sem alteração significativa em suas vidas.
Assim
sendo, ter-se-ia uma nova conta total de água e esgoto de R$158,74,
conforme detalhamento a seguir:
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A redução
de 1/3 no consumo de água, que pode ser alcançada por meio de
medidas relacionadas anteriormente (parte I), reduz a conta total de água e
esgoto de R$260,33 para R$158,74, ou seja, em R$101,58,
correspondentes a 39,0% da conta inicialmente mais elevada (média
dos meses de out/2013 a ago/2014, conforme visto anteriormente). No
caso da família em questão, esta considera menores desperdícios em
banhos, na escovação de dentes, na lavagem de roupas e na aguagem
de plantas ao cair da noite, visando reduzir o nível de evaporação.
A
economia acima indicada pode ser suficiente, a cada mês, para ajudar
a comprar alimentos, remédios ou para ajudar em outras despesas. Já
se esse valor for poupado à taxa de 2,50% ao ano, a cada mês,
durante cinco anos, ter-se-á, ao final, R$6.480 acumulados; se for
poupado durante 30 anos, formar-se-á uma poupança de R$54.127l, à
taxa de juros citada (valores sem considerar a reposição da
inflação).
A redução
de 1/3 do exemplo aqui apresentado é
satisfatória, em termos do consumo por pessoa? Retornemos à
primeira tabela deste post
e à média de 277 litros/pessoa/mês, relativa aos meses de set/2013
a ago/2014. Após a economia pretendida, o novo consumo seria de 185
litros/pessoa/mês. Pode haver espaço para novas medidas de economia
de água: a Organização das Nações Unidas (ONU) considera 120
litros/pessoa/mês como referência. Destaca-se que muitas famílias
brasileiras consomem mais de 200 litros/pessoa/mês (SABESP), o que
parece sinalizar a necessidade de mais informações e de mudança
cultural.
Finalizando,
observa-se que independentemente da economia financeira possível de
ser alcançada por meio do consumo consciente da água, as pessoas e
famílias que conseguirem optar por esse modo de vida ajudarão o
Planeta e isso é necessário e louvável, além de melhorar as
finanças domésticas.
Postado por Nica Brand
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