terça-feira, 7 de outubro de 2014

O que você acha da ufologia?

Ufologia é o estudo dos objetos voadores não identificados (OVNIs, em português, UFOs em inglês).

Famosa foto de OVNI feita em 1957 no Novo México (EUA)
pela enfermeira Ella Louise Fortune
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Os primeiros relatos de fenômenos atmosféricos desconhecidos (não identificados) são de séculos atrás, registrados em várias tradições e culturas. Até o navegador Cristóvão Colombo relata ter testemunhado, junto com seus homens, luzes estranhas saindo da água e voando pelos céus.

Várias etnias indígenas das Américas relatam encontros com OVNIs e até com "deuses" vindos do céu. Os índios kayapós, por exemplo, contam que, no passado, seu povo conviveu com Bep-Kororoti, um "deus" que veio do céu numa "canoa voadora", e que portava um bordão "mágico" que podia derrubar árvores ou destroçar pedras enormes. Podemos até duvidar da natureza dessas lendas. Pode ser que sejam apenas fruto da imaginação fértil dos índios. Mas que é curioso, é.

A ufologia brasileira começou na década de 50, pois a Aeronáutica, naquela época, investigou oficialmente – embora discretamente – o fenômeno dos OVNIs. Sobre isso você pode assistir ao vídeo no final do post.

É preciso lembar que a sigla OVNI não significa "disco voador", como o leigo costuma pensar. Um OVNI é um objeto voador NÃO IDENTIFICADO. Pode ser um fenômeno atmosférico desconhecido ou até mesmo um "disco voador" de outro planeta. Mas, em princípio é não identificado, ou seja, não se sabe o que é.
Uma das 4 fotos feitas por fotógrafo da Aeronáutica do Brasil
na Ilha da Trindade em 1958.
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Existem estudiosos dos OVNIs que enveredam por uma linha mística/esotérica, atribuindo ao fenômeno uma conotação quase religiosa. Não vamos tratar dessa abordagem aqui, pois este escriba se identifica mais com a metologia técnico-científica como forma mais correta de estudar as ocorrências. Com todo respeito a opiniões divergentes, mas nos parece que um ufólogo que nos diz que nós só veremos os discos voadores se tivermos feito boas obras em encarnações anteriores acaba desacreditando a ufologia perante o público leigo.

Atualmente, os registros fotográficos e as filmagens de OVNIs aumentaram muito. O motivo é óbvio: hoje quase todo mundo tem um celular com câmera e até uma máquina fotográfica digital, o que não ocorria no passado. No entanto, isso também amplificou os enganos e as fraudes. Segundo o consultor Inajar Antonio Kurowski – conselheiro e Coordenador do grupo de análises de imagens da revista UFO, pós-graduado em Metodologia da Ciência, além de perito criminal – cerca de 85% das imagens que chegam para a revista são erros e enganos. Aí se incluem reflexos de janelas, brilhos da lente, insetos que passaram em frente à câmera no momento da foto etc. Dos 15% restantes, a maior parte é fraude proposital, em geral feita no computador. Mas sobram 1% a 5% que sobrevivem ao crivo do especialista. Essas são as fotos de objetos voadores não identificados. Kurowski deixa claro que isso não significa que sejam "discos voadores". Uma foto dessas é de um objeto real, que estava lá no ar na hora da foto e que não foi produzido por tecnologia humana.

Colocamos aqui o vídeo da palestra deste especialista no Congresso Cosmos XI:



O vídeo é interessante e divertido, mas é longo. Assista quando puder. Ao acompanhar o vídeo, fiquei bem impressionado, pois constatei que há um filtro muito rigoroso nas supostas provas fotográficas de OVNIs. Esses ufólogos, portanto, não são crédulos e desconectados da realidade. Ao contrário, parecem ter os pés firmes no chão, embora com os olhos voltados para o céu, à procura de OVNIs.

Uma das maiores autoridades brasileiras em OVNIs é o jornalista Ademar Gevaerd, conferencista e jornalista especializado em Ufologia; é presidente do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), a maior entidade do gênero do Hemisfério Sul, e editor da Revista UFO desde sua fundação, há 30 anos. No final deste artigo, há um vídeo de palestra que ele ministrou no Congresso Cosmos XI, relatando como a ufologia no Brasil está muito avançada em relação a outros países.

Ufologia pré-histórica

Muitos de nós já ouvimos falar do famoso livro Eram Os Deuses Astronautas?, do alemão Erich Von Däniken. Nessa obra, Von Däniken questiona mitos e relatos do passado, inclusive relatos de livros religiosos. Em muitas passagens, a divindade aparece em esferas e aparelhos que soltam fumaça e fogo, assemelhando-se muito a descrições toscas de uma nave espacial.

Há muitas imagens em pedra e pinturas antigas que parecem representar astronautas. Até então os arqueólogos as explicavam como sendo "divindades" da chuva, do fogo, da terra, das colheitas etc. Mas eram explicações absolutamente não convincentes. Von Däniken, se por um lado não tinha formação acadêmica, por outro lado, não estava preso a paradigmas mais fechados do mundo acadêmico. Por isso, apontou o que era óbvio: parecem astronautas. Veja algumas imagens:

estatueta maia - século VI a.C.
Walter
imagem ancestral mexicana
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estátuas antigas encontradas em escavações no Equador
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Walter
Pinturas em cavernas encontradas nos Alpes, na Suíça
Walter

Repetimos, todas essas estátuas e pinturas foram classificadas como deuses da colheita, da chuva etc, o que não tem absolutamente nada a ver com a aparência das figuras.

Ufologia moderna

No passado, os objetos desconhecidos vistos no céu eram classificados como deuses, demônios, dragões, barcos voadores, casas voadoras etc. Hoje, na era tecnológica, o ser humano já não utiliza essas descrições pois nós mesmos fabricamos e pilotamos veículos espaciais. A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é uma realidade, já há alguns anos em órbita, servindo de moradia para cientistas e técnicos de todo o mundo.

A ufologia, hoje, considera a possibilidade de existir vida inteligente em planetas fora do sistema solar. E, convenhamos, com bilhões de galáxias à nossa volta, parece muito improvável que a civilização humana seja única em todo o Universo.

Do conjunto de relatos sobre objetos voadores não identificados, os mais significativos são aqueles provenientes de pilotos de aviões comerciais ou militares, pois são testemunhas qualificadas, que não seriam enganadas por balões meteorológicos ou por fenômenos atmosféricos conhecidos.

Destacamos o famoso caso do voo VASP 169, ocorrido em 1982. Aqui um relato em vídeo:


A questão é: por que os supostos alienígenas não pousam de uma vez na Terra e nos cumprimentam, dizendo: "aqui estamos!". Os ufólogos respondem dizendo que isso é só uma questão de tempo.

Este post teve a intenção de estimular a discussão. Não queremos influenciar ninguém para acreditar em discos voadores, até porque os articulistas deste site também não têm certeza de nada. Não sabemos se discos voadores existem. Mas também não nos fechamos para o fenômeno, negando a existência dele.

No fundo, é tudo uma questão de paradigmas. Há os que acreditam, há os que não acreditam e há os que não sabem, e será assim até o dia em que os supostos visitantes extraterrestres aparecerem em carne e osso.

Terminamos com o vídeo da palestra do ufólogo Ademar Gevaerd:



Postado por Beto Locatelli

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