![]() |
Quase todo mundo gosta de comer fora, apesar de nunca termos certeza de como foi preparado o alimento que estamos consumindo. Mas de uma coisa podemos ter certeza: comer fora pesa no orçamento.
Comer fora é um hábito social que se universalizou. Mas que, se não for feito sem planejamento, pode pesar muito no orçamento e comprometer o futuro financeiro da família. Em média, segundo o IBGE, as famílias consomem nada menos do que 31,1% do orçamento doméstico nessa atividade.
Na região Sudeste -- como podemos imaginar -- o hábito de comer fora é muito mais disseminado. Já na região Norte, bem menos.
A frequência de consumo de alimentos fora do domicílio foi de 35%, sendo maior na região Sudeste (38,8%) e menor na região Norte (28,1%). A freqüência foi maior entre os indivíduos de 20 a 40 anos (42%), do sexo masculino (39% vs. 31%), com maior nível de renda (52%) e maior escolaridade (61%). (a fonte é esta)
![]() |
O gráfico ao lado, publicado na Revista Bares e Restaurantes tem, como fonte, dados primários do IBGE. E nos mostra esse percentual por renda, desde as classes D/E até a classe denominada A1.
Este é, pois, um ponto de atenção importante no orçamento doméstico. Comer fora constantemente pode subtrair da renda uma quantia que, se investida, resulta em valor considerável, que poderia ser usado para comprar um segundo imóvel, ou para fazer uma bela poupança para o futuro.
Pode-se imaginar muitas aplicações melhores para esse dinheiro do que consumir alimentos e bebidas, um prazer fugaz e que não deve ser hábito diário.
Pode-se imaginar muitas aplicações melhores para esse dinheiro do que consumir alimentos e bebidas, um prazer fugaz e que não deve ser hábito diário.
Não podemos nos esquecer de que comer fora não é apenas diversão. Os que têm uma jornada diária de oito horas ou até mais acabam se servindo de restaurantes e lanchonetes. Levar o almoço de casa sequer passa pela cabeça de nossa classe média, embora seja comum em alguns países. No entanto, mesmo nestes casos deveríamos avaliar bem o quanto é conveniente gastar, por mês, no almoço diário.
As projeções são de crescimento para o setor de alimentação fora de casa.
Indicadores da Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) apontam que já passa dos 30% o faturamento do food service na indústria brasileira de alimentos. Vendas em supermercados entre novembro 2011/2012 subiram 12,39%. (a fonte é esta)
![]() |
stockimages |
A verdade é que comer fora de casa é muito caro. Um prato que, em sua casa, custaria, digamos, R$ 10,00 (incluindo aí os ingredientes e o preparo) não sai por menos do que R$ 100,00 num bom restaurante. Pagamos pelo ambiente, pelo garçom, pelo cozinheiro, pelo chef, pelo ponto e pelo lucro do dono do estabelecimento.
Será que não é hora de você, leitor, repensar seu hábitos de alimentação? Você já fez um registro mensal dos gastos em bares e restaurantes, para saber o quanto pesam em seu orçamento?
Não queremos que você passe a ser um ermitão, que não sai com os amigos para comer, beber, conversar e se divertir. Não se trata de tudo ou nada. Mas talvez seja o caso de apenas você se programar melhor para que a diversão não se torne um ralo por onde seu dinheiro escoa, sem que você perceba.
Postado por Beto Locatelli
Nenhum comentário:
Postar um comentário