quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Os tablets caminham para a extinção?

Créditos: Ambro
No final do ano passado este blogueiro se aventurou pelo formigueiro humano que é a região da rua Santa Efigênia, conhecido centro de comércio eletrônico da cidade de São Paulo. Eu estava interessado em adquirir um tablet, mas também em pesquisar preços de notebooks e netbooks.

Constatei que houve uma reviravolta na preferência dos consumidores, de uns anos para cá:

1) Os netbooks praticamente desapareceram. A função do netbook, de ser ultraportátil e se conectar facilmente à internet, foi totalmente encampada pelos tablets e smartphones, de um lado, e pelos notebooks, de outro.

2) Os tablets, por sua vez, perderam espaço para os smartphones, por estes caberem na palma da mão dos usuários e o tablet, não.

3) Já os notebooks estão tentando se reinventar, para fazer frente à concorrência feroz dos smartphones, que ganham disparado a preferência da ampla massa de consumidores.

4) Computadores de mesa precisam ser encomendados para pequenas empresas que os montam. As máquinas montadas estão em processo de desaparecimento.

Sobre a escalada dos smartphones na preferência dos usuários, é preciso dizer o seguinte: dado o tamanho da tela de um smartphone, conclui-se que acaba forçando a vista de quem o utiliza durante algumas horas por dia (com a palavra, os oftalmologistas...). Fico curioso para saber como estará, daqui a alguns anos, a saúde ocular destes milhões de jovens e adultos.

Voltando à minha procura de tablets, foi difícil encontrar um que não fosse de marca famosa (na faixa de R$ 2.000,00, mais caro do que um computador de mesa) e também não fosse um produto de má qualidade, "importado" por vias canhestras.

E, ponto importante, eu queria um que tivesse como sistema operacional o famoso Android, derivado do Linux, que nos dá uma grande liberdade. Tablets de marcas famosas obrigam o usuário a comprar aplicativos, músicas, eBooks etc no site da própria empresa fabricante. A preços altos, quase sempre.

Encontrei um produto adequado, não sem antes passar por diversas lojas nas quais o estoque havia se esgotado, pois os lojistas não previram o tamanho da procura. Ou seja, apesar de o tablet ter perdido mercado, há muita demanda por ele, ainda.

Conclusões

O que parece estar acontecendo é que cada um dos produtos está encontrando seu espaço de mercado:

1) os computadores de mesa se destinam ao trabalho profissional de uma variada gama de empresas.
site de origem
Este escriba, por exemplo, tem três deles, um mais antigo com Windows, outros mais modernos com Ubuntu. Para processamento de computação gráfica, esqueça notebooks, por mais potentes que sejam: você precisará de um robusto computador de mesa. Diga-se o mesmo para edição de vídeos, edição de planilhas mais pesadas e outras tarefas.

2) Os notebooks e netbooks são adequados a funções mais corriqueiras de escritório, como planilhas, textos, emails etc. Os netbooks podem voltar com força, visto que o CD e o DVD são mídias em acelerada obsolescência. Então, com o tempo não será mais necessário ter um drive para essas mídias em sua máquina.

3) Os tablets são a mídia mais adequada para quem quer facilidade de acesso à internet, mas não quer forçar a vista para assistir, por exemplo, um vídeo. Para ler eBooks o tablet também é muito confortável.

4) Os smartphones serão utilizados por quase todos que utilizam as três mídias acima. Nem que seja para fazer e receber ligações. Mas, claro, também para se atualizar em redes sociais, ouvir música e outras funções muito mais ligadas a lazer do que a trabalho.

Então, nenhuma dessas mídias será totalmente extinta, embora os tablets tendam a ser produtos com volume de vendas bem menor se comparados aos smartphones.

Postado por Beto Locatelli

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