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créditos: nuttakit |
Recentemente, tivemos
duas experiências que consideramos negativas e, ao mesmo tempo,
positivas, com a emolduração de algumas belas gravuras destinadas à
decoração de nossa nova residência. Por que negativas? Por que não
tivemos satisfação com o trabalho de molduraria, considerando que
gastamos um bom dinheiro com o mesmo. E por que positivas? Ocorre que
elas nos inspiraram a escrever esse post, sobre um assunto
trivial, mas nem tanto e que tem a ver com planejamento prévio.
Em nossa primeira
experiência supracitada, levamos quatro gravuras a uma molduraria a
caminho do nosso trabalho e contratamos as molduras. Semanas se
passaram e agora, percebemos que as molduras brancas de duas gravuras
penduradas na copa já não estão mais tão brancas assim. E não
adianta limpar o material que, provavelmente poroso, se tornou branco
amarelado. No caso de outras duas gravuras emolduradas em
material laqueado branco, não poroso, isso não aconteceu.
Na segunda experiência,
nossa insatisfação foi grande e imediata. Das três gravuras
levadas à molduraria, desta feita, tocada por uma professora de
pintura, três nos foram entregues com péssimo acabamento das
molduras, negras. E estamos falando de molduras simples, nada
complicadas, diríamos até triviais. Nem precisa dizer que não
aceitamos os trabalhos, tendo a molduraria que refazê-los.
À luz das duas
esperiências acima relatadas e considerando o aprendizado que ficou,
recomendamos àqueles(as) que ora nos leem, se tiverem interesse
neste assunto e necessitarem emoldurar obras de arte:
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- Não depender, jamais, da opinião do estabelecimento onde será feita a moldura, ou seja, a molduraria, para escolher a cor da moldura. Tal escolha é do cliente e somente dele(a). A menos que as pessoas que ali trabalhem sejam, também, especialistas em decoração, o que, como regra geral, será altamente improvável. Afinal, espera-se que as moldurarias são especializadas em emoldurar obras de arte, não em decorar casas e outros ambientes.
- Quadros e gravuras de cores fortes podem ficar melhores com molduras com cores mais escuras, de maneira que essas contenham ou segurem as referidas cores. Já quadros mais delicados, por sua vez, podem ficar melhores com molduras de cores também mais delicadas, tomando o devido cuidado com o aspecto da limpeza. Retornaremos a esse ponto. Essas orientações não são absolutas, podendo existir situações que fujam à lógica citada, conforme o ambiente considerado.
- Se optar por um passepartout, a tela que separa a obra de arte propriamente dita da moldura, assegurar-se de que a obra será valorizada. Temos, em nosso quarto, uma gravura colorida, com um passpartout azul escuro e uma moldura branca. O azul escuro da parte superior da gravura (um céu estrelado) emendou-se ao azul escuro do passepartout, como se fossem ambos parte da obra de arte e o conjunto ficou muito interessante. A moldura branca laqueada, por sua vez, conteve a obra dentro de seus limites, valorizando-a.
- Em que pesem as boas dicas de especialistas em decoração, ter elevado cuidado com as
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- Escolher bem a molduraria. Ter muito cuidado, extremo cuidado com essa escolha. Se possível, escolher por indicação. Se não for possível escolher por indicação, optar por aqueles estabelecimentos que operem em áreas da cidade com públicos mais exigentes: nessas áreas, os maus prestadores de serviços provavelmente não sobreviverão por longo tempo. O custo pode até ser mais elevado, mas a relação benefício-custo poderá ser maior.
- Verificar, na molduraria, não apenas as instalações, em termos de organização, limpeza e outros aspectos, como também os trabalhos que ali costumam ficar estocados. Verificar especialmente os acabamentos das molduras, suas juntas e qualidade de pinturas entre outros tópicos. Acabamentos mal feitos em quadros estocados não são, definitivamente, um bom sinal e nesse caso, o melhor é procurar outro fornecedor.
- Jamais encomendar à molduraria vários trabalhos da primeira vez. Testar o fornecedor em um primeiro trabalho. Mesmo nos demais futuros trabalhos, caso haja satisfação com o primeiro, dosar a entrega, não se deixando levar por descontos por entrega em escala, a menos que exista elevada confiança no fornecedor.
- Ao receber quadros emoldurados, verificar, imediatamente, o acabamento. Em hipótese alguma aceitar trabalhos mal feitos sem as devidas verificação e correções. E nunca, jamais pagar vários trabalhos à vista.
- Dar sua nota ao produto final emoldurado e instalado na parede-fim, prática que ajuda a dar maior concretude a um sentimento de insatisfação por vezes difuso. A nosso ver, uma nota igual ou superior a oito é indício de que o trabalho ficou muito bom. Se não ficou, o que apesar dos melhores esforços, pode acontecer, considere a possibilidade de aceitar que o seu planejamento não foi tão eficaz assim e de modificar a cor ou mesmo de trocar a moldura, mais à frente, sempre dentro do seu orçamento pessoal. Que isso não seja necessário.
Esses passos se aplicam
às molduras – e aqui damos a mão à palmatória, pois não
planejamentos bem – mas e a outras aquisições domésticas? Há
pontos comuns e pontos específicos. Oportunamente, apresentaremos
mais exemplos.
Postado por Nica Brand
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